Banca de DEFESA: MARIANA REZENDE DORIA
21/02/2014 18:32
Em inspeções de construções, é cada vez mais comum se deparar com edificações e obras de infraestrutura que, muito antes de atingirem sua vida útil, já estão necessitando de reparos e reforços, ou entrando em colapso. O presente trabalho analisoua aderência entre concretos de diferentes idades e entre o aço e o concreto. Foram comparados três tipos de tratamento da interface entre concretos de diferentes idades, avaliando-se a aderência. Foi avaliada, também, a aderência entre aço e concreto, quando a barra foi inserida no concreto fresco e quando foi inserida por furação e ponte de aderência de epóxi. Ainda, foi analisada a influência da aderência entre concretos sobre tensão de ruptura à flexão.Foram dosados dois traços de concreto, um deles para o substrato (maior idade) e outro de recuperação (menor idade)dosados parafck de 30MPa e 35 MPa, respectivamente. A aderência entre osdois tipos de concretofoi medida através de ensaios que solicitaram a interface com esforços de tração, cisalhamento oblíquo e cisalhamento vertical. Foi medida a resistência flexão de corpos de provaconstituídos pelos dois tipos de concreto, com pontes de aderência de argamassa e epóxi. Os corpos de prova, parcialmentecompostos por concreto de substrato foram curados e deixados ao ar por alguns meses. Posteriormente, receberam três tratamentos superficiais distintos: escovação; escovação e camada de argamassa igual à do concreto de substrato e escovação e camada de epóxi. Foram, então, complementados com concreto de recuperação e submetidos à cura por imersão em água e ensaiados. Para a análise da aderência entre aço e concreto, foi realizado ensaio de arrancamento das barras inseridas no concreto. Ao comparar os resultados dos ensaios de aderência doscorpos de prova cujas interfaces receberam somente escovação, com as interfaces dos corpos de prova que receberam além de escovação, camada de argamassa e ponte de epóxi, observou-se um aumento na resistência de aderência, respectivamente, de 15% e 37% para o ensaio de aderência por tração indireta; de 4% e 12% para o ensaio de aderência por cisalhamento oblíquo e de 108% e 178% para o ensaio de cisalhamento vertical. Para o ensaio de flexão, observou-se um incremento de 41% no módulo de ruptura, ao comparar o resultado do corpo de prova que recebeu escovação e camada de epóxi com o que recebeu escovação e camada de argamassa. Quando foram relacionados os valores dos corpos de prova do ensaio de arrancamento (pull out) que tiveram a barra de aço inserida no concreto no estado endurecido com ponte de aderência epóxi, com os que tiveram a barra de aço inserida no concreto ainda em estado fresco, não se percebeu perda significativa (cerca de 0,52%).
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