Banca de DEFESA: FELIPE AMORIM SANTOS
17/02/2014 17:09
Os detrimentos causados pela radiação ionizante são a razão de diversos estudos na área da física médica. Tanto na área experimental quanto no campo computacional, diversos estudos buscam limitar os riscos que envolvem a prática com radiação ionizante. Nesse sentido, a área da simulação computacional busca criar cenários da forma mais real possível para mensurar com maior precisão as doses de radiação depositadas em cada órgão e tecido dos pacientes, trabalhadores e do público. Neste trabalho foram gerados cenários que simularam exames envolvendo equipamento de radiografia móvel em leitos de clínicas e hospitais. Através de uma dupla de simuladores computacionais, estes cenários permitem calcular os valores de dose efetiva bem como os coeficientes de conversão para indivíduos do público baseados na grandeza física dose absorvida. Um dos simuladores foi irradiado com o feixe direto (paciente) simulando exames de tórax e abdômen, cada um com dois campos de irradiação. Para cada uma destas situações os espectros do feixe foram variados de 60 a 80 keV. O outro simulador foi posicionado ao lado (indivíduo do público) em diferentes distâncias para a avaliação da dose efetiva gerada pelo feixe espalhado e posterior cálculo dos coeficientes de conversão. Em relação à dose efetiva medida no paciente, foi obtido um aumento máximo entre os campos de irradiação de 53,1% para o exame de tórax com 80 kVp. Para o exame de abdômen foi obtido um aumento máximo entre os campos de irradiação de 6,4% para o feixe de 80 kVp. Para as doses de radiação, no indivíduo do público, proveniente do feixe espalhado, a diferença percentual máxima entre o campo ideal e o campo extrapolado foi de 76,1% quando o mesmo foi posicionado a 50 cm em um exame de abdômen com 60 kVp. Para o paciente, o maior risco de câncer foi de 43,46.10-6 mGy-1. para campo extrapolado a 80 kVp para exames de abdômen. Para um indivíduo do público posicionado a 200 cm, o risco de câncer diminui 83,0% quando o mesmo estava posicionado a 50 cm. Por fim, as doses de radiação avaliadas para um cenário típico em clínica e hospitais que prestam serviço com equipamento móvel de raios X permitem mensurar os possíveis danos relacionados a esta prática, tanto para o paciente quanto para o indivíduo do público.
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