Banca de DEFESA: ANTHONY SANTANA FERREIRA
11/02/2014 09:50
Na natureza ocorrem muitos tipos de interações entre as espécies, relações estas que podem ser tanto antagônicas quanto mutuamente benéficas. A relação predador-presa é um exemplo de interação consumidor-recurso, que organiza as comunidades biológicas em cadeias alimentares. Este trabalho teve por finalidade investigar a relação predador presa adotando lagartos de uma área de Caatinga como modelo, bem como a influência de fatores ambientais nesta relação. Para tal propósito, dados da dieta de lagartos tomados entre Janeiro de 2012 e Junho de 2013 foram trabalhados e avaliados em termos sazonais. Informações de um ano de coleta foram também comparados com a disponibilidade de presas presentes no ambiente. Além disso, foram quantificadas as frequências de predação através de um experimento com réplicas artificiais de lagartos em duas campanhas distintas Julho (período chuvoso) e novembro (período seco) de 2013 e pela ocorrência de indícios de quebra de cauda provenientes dos lagartos capturados no decorrer do estudo de uma área de Caatinga de Sergipe, o Monumento Natural Grota do Angico. Na avaliação geral, as espécies apresentaram dietas semelhantes, sendo Isoptera a presa mais importantes para A. ocellifera, G. geckoides, L. klugei e B. heathi e Formicidae para T. hispidus e T. semitaeniatus demonstrando uma alta eletividade de poucas categorias de recursos alimentares pelas espécies. O consumo de presas por cada espécie nos dois períodos foi semelhante em relação à frequência de categorias utilizadas, mas diferiram no tipo de presa. Não houve diferença entre a dieta das espécies e a disponibilidade, o que indica que a dieta refletiu a disponibilidade no ambiente. Variações entre os períodos foram verificadas em relação às freqüências de ataque as réplicas, sendo mais freqüentes no período seco. Em uma avaliação realizada por sítios, houve diferenças nas freqüências de ataques para o período chuvoso, o mesmo não tendo sido observado para o período seco e para avaliação geral (informações somadas dos dois períodos). As frequências de ataque variaram também em função dos sítios em que foram colocadas, sendo mais comuns no solo, e em relação aos tipos de predadores, mais freqüentes por aves no período chuvoso e por formigas no período seco. Em relação a posição em que o ataque ocorreu, o tronco e a cabeça foram os locais mais comuns, independente da categoria de predador. Quanto às freqüências de quebras de cauda, foram observadas diferenças apenas em relação aos sexos dos indivíduos, mais comuns em machos.
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