Banca de DEFESA: SANDRA REGINA LIMA SANTOS
04/02/2014 15:46
A dengue é hoje a mais importante arbovirose que afeta o homem e constitui um sério problema de saúde pública mundial, estando seu controle voltado, basicamente, no manejo do principal vetor, o Aedes aegypti. Na ausência de uma vacina eficaz e segura para prevenção desta enfermidade, a principal medida de prevenção disponível para as infecções causadas pelo vírus da dengue é o controle vetorial através do uso de inseticidas e larvicidas químicos. Essa estratégia, entretanto, tem se mostrado seletiva no que concerne à manutenção de populações resistentes do mosquito frente aos inseticidas convencionalmente utilizados. Nesse contexto, o desenvolvimento de novas tecnologias e estratégias alternativas no combate ao Aedes aegypti é fundamental para reduzir a incidência da doença. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade de novos compostos frente às larvas do Aedes aegypti e para tal utilizou-se de duas vertentes: a avaliação de terpenos e derivados, bem como a síntese de compostos com potencial de atuar na via de metabolismo do triptofano. Inicialmente foram selecionados 21 compostos comercialmente disponíveis, subdivididos em dois grupos: 10 compostos aromáticos e 11 alifáticos bicíclicos. Os bioensaios foram realizados utilizando-se 20 larvas por teste, em copos descartáveis contendo 20 mL de uma solução aquosa com concentrações variadas dos compostos teste, em triplicata. Dentre os compostos aromáticos o p-cimeno apresentou a melhor atividade, CL50 = 51 ppm e o Resorcinol exibiu a menor potência CL50 = 577 ppm. Dentro do grupo dos alifáticos o (–)-canfeno apresentou a melhor atividade CL50 = 220 ppm e o 1,8-cineol exibiu a menor potência CL50 = 1419 ppm. Identificamos que as caracteristicas estruturais dos derivados de
oléos essencias podem contribuir para potencializar a atividade larvicida destes compostos. Neste sentido, relatamos a importância da presença de grupos lipofilicos no incremento da potência destas substâncias assim como a diminuição do potencial larvicida em derivados que detinham hidroxilas em sua molécula. Posteriormente, doze compostos derivados da quinurenina foram sintetizados de acordo com diversas metodologias, seguido da identificação por cromatografia em camada delgada e ponto de fusão, além de serem purificados em coluna cromatográfica de sílica gel 60 e caracterizados por RMN de13C e 1H, EM e IV. Todos os intermediários de síntese foram avaliados quanto à atividade larvicida e observou-se que os compostos 2-amino-α-cloroacetofenona substituídatestados demonstraram serem potentes agentes larvicidas contra o Ae. aegypti, sendo que os valores das CL50 variaram entre 4,29 a 11,71 ppm. Entretanto, os compostos 2-acetilamino-2-[2-(2-amino-fenilas-substituídas)-2-oxoetila] ácido malônico-dietil-éster e derivados da quinurenina, não apresentaram atividade significativa contra as larvas do Ae. Aegypti.
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