Banca de DEFESA: SALOMAO DOS SANTOS SANTANA
22/01/2014 10:35
Essa dissertação tem a tarefa de evidenciar o papel da experiência de vida de Nietzsche diante de sua produção filosófica e psicológica. Dando importância como o filósofo se auto-entendeu, em seu livro Ecce Homo, nos Fragmentos póstumose em suas correspondências, e interessando-se por sua “Clínica Moral” enquanto fundamento da crítica à moral, a presente pesquisa tem como tarefa demonstrar o que a Filosofia de Nietzsche deve ao seu encontro com a sua vivência e, sobretudo, a doença. Procuramos mostrar que o filósofo tributar sua “psicologia moral” à sua doença, relacionando assim, como nenhum outro filósofo, vida e obra e, com efeito, explicita que a enfermidade é o nexo entre uma e outra, desta forma podendo desdobrar o tema em saúde e doença de Nietzsche para saúde e doença em Nietzsche e mais, a psicologia em Nietzsche para psicologia de Nietzsche. Demonstrando assim, que o primeiro impulso e inspiração para o filosofar nietzschiano surgiu da necessidade de cuidar da própria saúde. Transformando, com efeito, toda a sua obra um prontuário médico, uma terapia que ele próprio usou. Entendendo a clínica, espaço onde se procura a cura, como técnica de restaurar o equilíbrio do corpo e considerando o corpo como a essência da natureza (physis) existente, podemos tomar a filosofia de Nietzsche como o engendramento de uma nova terapia: técnica de manutenção da grande saúde, a partir de uma nova proposta moral; a moral da superação de si.
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