Banca de DEFESA: ANA PAULA DE LIMA FERREIRA
09/01/2014 08:15
Introdução: TranscutaneousElectricalNerveStimulation (TENS) é uma terapia bastante recomendada como estratégia no controle da dor musculoesquelética incluindo a disfunção temporomandibular (DTM). Objetivo: Analisar as respostas imediatas da TENS sobre a intensidade da dor, limiar de dor à pressão, atividade eletromiográfica na dor, atividade eletromiográfica e fadiga muscular de sujeitos com diagnóstico de DTM muscular. Casuística e Métodos: Foram selecionados 40 indivíduos na faixa etária de 18 a 35 anos com sinais e sintomas de DTM muscular. O diagnóstico de DTM foi realizado seguindo-se os critérios do ResearchDiagnosticCriteria (RDC) e os voluntários foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: (1) TENS placebo (n=20) e (2) TENS ativo (n=20). Foi realizada aplicação única da TENS bilateralmente nos músculos masseteres e temporais anteriores (Duração de pulso=90 µs, tempo=50 minutos, sendo os primeiros 25 minutos com frequência de 100 Hz e os últimos 25 minutos com frequência de 4 HZ, intensidade alta porém sem possibilitar contração muscular). Para o grupo TENS placebo foram utilizados os mesmos parâmetros, porém com estímulo transiente. A qualidade do sono foi avaliada através do PittsburgSleepQualityIndex (PSQI) e o grau de catastrofização pela Escala de Pensamentos Catastróficos sobre a Dor (EPCD). Antes, imediatamente e 48 horas depois da aplicação da TENS, foram avaliados: a intensidade da dor através da escala visual analógica da dor (EVA), limiar de dor à pressão (LDP) de músculos mastigatórios e cervicais, bem como atividade eletromiográfica (EMG) em repouso mandibular, contração voluntária máxima e mastigação habitual. Resultados: Houve redução da intensidade da dor e aumento do limiar de dor à pressão apenas no grupo TENS ativo, imediatamente e após 48 horas do tratamento. A atividade eletromiográfica demonstrou comportamento heterogêneo para o grupo TENS placebo enquanto que no grupo TENS ativo houve respostas mais uniformes em relação à redução da EMG durante o repouso, aumento durante a contração voluntária máxima (apertamento) e mastigação habitual. Para a maioria dos músculos analisados esses resultados se perpetuaram após 48 horas da terapia. Apenas o grupo TENS ativo demonstrou maior resistência a fadiga, sendo observado retardo no tempo de declínio da força e maior pico de intensidade do sinal eletromiográfico imediatamente após a terapia. Apenas no grupo TENS ativo, fator emocional desfavorável do tipo catastrofizaçãose correlacionou de maneira negativa com a variação do limiar de dor à pressão do músculo temporal anterior imediatamente após aplicação da TENS. Conclusão: TENS ativo foi superior ao TENS placebo na hipoalgesia. A função mastigatória foi mais eficiente no grupo TENS ativo. A forma ativa da TENS contribuiu para que os músculos mastigatórios alcançassem maiores amplitudes de sinal eletromiográfico e perdurassem por mais tempo em contração antes da ocorrência da fadiga muscular. Além disso, foi verificado que o maior grau de catastrofização e má qualidade do sono podem influenciar a resposta hipoalgésica induzida pela TENS ativa.
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