Banca de DEFESA: ANDRÉA HERMÍNIA DE AGUIAR OLIVEIRA
25/11/2013 14:06
A discussão da igualdade de oportunidades educacionais bem como da democratização do acesso à universidade, enquanto lócus privilegiado de produção e veiculação de saberes na sociedade, traz em seu bojo o debate sobre a implementação de políticas públicas e ações afirmativas capazes de reparar desigualdades sócio-econômicas, étnico-raciais entre os cidadãos. Por meio desta pesquisa, procuro discutir a implementação de ações afirmativas, mais especificamente, o sistema de cotas, e sua relação com a prática pedagógica no curso de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Nesse cenário, cumpre investigar em que medida as políticas afirmativas implantadas na universidade tem propiciado devidas condições de acesso, permanência e convivência para os estudantes cotistas. Além disso, esta pesquisa busca verificar qual o efeito das cotas sobre a prática pedagógica na universidade, mapeando possíveis dificuldades e mudanças advindas a partir desse processo, além de analisar as percepções de professores e alunos do curso de Medicina, acerca do processo de introdução das cotas na UFS. Para tanto, foram realizadas 33 entrevistas e aplicados 62 questionários, totalizando uma amostra de 95 pesquisados. Num mundo em que a conciliação de direitos é tarefa complexa, políticas de reconhecimento e redistribuição traduzem a mobilização social para reparar uma história de sofrimento, injustiça, violência e exclusão. Entretanto, para que as ações afirmativas não gerem mais desigualdades, é preciso considerar critérios de justiça que garantam a sua legitimidade pelo corpo social. Mais importante ainda, no âmbito acadêmico, é alimentar e retroalimentar um debate, que está apenas começando.
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