Banca de QUALIFICAÇÃO: SERGIO LUIZ DE OLIVEIRA SANTOS
20/11/2013 09:32
Intodução: Os instrumentos do estudo ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood) têm revelado, nos últimos 20 anos, dados heterogêneos nos índices de prevalência de asma ao redor do mundo e a repetição dessas medidas associadas à análise de fatores de risco tem fornecido material fundamental para se conhecer melhor a epidemiologia desta doença. Métodos: Através dos questionários validados e testes alérgicos, o protocolo ISAAC foi o método usado para detecção de prevalência de asma e análise de risco nas redes de ensino pública e particular de Aracaju, Sergipe, Brasil. Participaram 3009 alunos de 13 a 14 anos para definição de prevalência entre as 70 escolas sorteadas utilizando a questão sobre presença de sibilos nos últimos 12 meses. Posteriormente, a partir do contingente inicial, foram sorteados 430 adolescentes de 35 escolas para teste com aeroalérgenos e análise de risco. Trata-se de estudo observacional transversal analítico e para correlação e associação entre variáveis nominais utilizou-se o teste χ2 (qui-quadrado) de Pearson e entre nominais e ordinais utilizou-se o Teste ρ de Spearman. A partir das variáveis selecionadas, para as análises univariada e multivariada entre os possíveis fatores e a asma, utilizou-se da regressão de Poisson modificada com definição de risco relativo (RR) significativo. Trabalho aprovado no CEPHU-UFS e os participantes participaram após consentimento por escrito dos responsáveis. Resultados: A prevalência de asma em Aracaju foi de 12,8% (era 18,7% em 2005). A sensibilização a aeroalérgenos não foi um fator significativo associado à asma ativa, mas obteve significância com asma cumulativa e com diagnóstico médico de asma e os alérgenos mais prevalentes foram os ácaros da poeira. Definiu-se como fatores de proteção a asma ativa a “presença de cão fora do domicílio” RR= 0,93 (IC95% 0,88 – 0,98); p= 0,018 e “presença de irmão mais velho” RR= 0,94 (IC95% 0,91 – 0,98); p= 0,005 e como fator de risco a “presença de fumantes no domicílio” RR= 1,04 (IC95%= 1,00 – 1,09); p= 0,039. Conclusões: Os dados de prevalência atual são significativamente menores que os de 2005 nesta cidade e atingiu um dos índices mais baixos do nordeste brasileiro. E os fatores associados reforçam o malefício do tabagismo em relação à asma, além de inferirem alguma concordância com a Hipótese da Higiene.
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