Banca de QUALIFICAÇÃO: ADRIANA DE JESUS SANTOS
18/11/2013 17:15
Os óleos essenciais são recursos renováveis que apresentam diversas atividades biológicas entre elas a atividade larvicida contra o Aedes aegypti. O uso destes óleos tem sido proposto como alternativa na eliminação deste vetor, pois este tem demonstrado resistência aos produtos atualmente utilizados. No entanto, os óleos essenciais apresentam limitação quanto à solubilidade em meio aquoso. Desse modo, esses óleos podem ser incorporados à nanocompósitos cerâmico-polímero para contornar esta limitação. Então, o presente trabalho tem como objetivo obter e caracterizar nanocompósitos contendo óleo essencial de Syzygium aromaticum como sistema de liberação para o controle larvicida. Os nanocompósitos foram obtidos pelo método de intercalação em solução argila/polímero, e caracterizados por técnicas de Difração de Raios-X (DRX), Análise termogravimétrica (TG/DTA), Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR). Os resultados de DRX mostraram um aumento do espaçamento basal (d00) da argila de 13,58 Å para 26,64 Å após a formação do nanocompósito, sugerindo possível intercalação argila/polímero. As curvas de TG/DTA e DSC evidenciaram um aumento na estabilidade térmica a partir da formação do nanocompósito, os espectros de FTIR evidenciou ausência de interações químicas entre os constituintes do sistema, sugerindo a incorporação domesmo. A partir disso, pode-se concluir que o método de intercalação foi viável para a obtenção do nanocompósito e as análises comprovaram o processo de intercalação argila/polímero. O ensaio larvicida do óleo essencial de Syzygium aromaticum mostrou maior atividade frente às larvas do Aedes aegypti, quando comparado com o componente majoritário o eugenol. Em relação aos nanocompósitos apresentou uma CL50 próxima a do óleo puro o que comprova a viabilidade do sistema.Neste sentido, o nanocompósito com óleo essencial Syzygium aromaticum pode ser considerado uma importante alternativa no controle químico da dengue visto que são componentes bioativos, economicamente viáveis, biodegradáveis e não tóxicos a população não alvo.
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