Banca de DEFESA: MAISA AGUIAR SANTANA
24/09/2013 18:13
A presente pesquisa teve como objeto de estudo a prostituição feminina a partir das categorias trabalho e gênero. Para tanto, discutiu-se a referida atividade à luz da perspectiva marxista, com foco nas categorias trabalho produtivo e improdutivo, apreendendo a prostituição como um serviço. Ademais, abordam-se as transformações contemporâneas no mundo do trabalho, em especial o trabalho feminino, e sua relação com a prostituição. Utilizou-se como método, o materialismo histórico-dialético, que toma a realidade como ponto de partida. Trata-se de pesquisa teórica, de natureza qualitativa e cunho bibliográfico e documental. Verificou-se que, dos trabalhos acessados, não foram encontradas pesquisas que abordam a prostituição a partir das categorias trabalho produtivo e improdutivo em Marx. Assim, os autores que afirmam que essa atividade é um trabalho, partem da ideia da prostituição como meio de sobrevivência. A pesquisa aqui apresentada, para além da determinação da prostituição como alternativa de renda, ressalta que tal atividade não é um trabalho, do ponto de vista da Teoria Social de Marx, sendo considerada como um serviço. Não obstante as diversas relações estabelecidas entre as prostitutas e os donos dos bordéis, a prostituta não pode ser considerada uma trabalhadora produtiva, visto que não gera mais-valia, mediação fundamental para a caracterização de trabalho produtivo no modo de produção capitalista. Ademais, visualiza-se a prostituição como uma atividade perpassada por relações de gênero desiguais, por ser majoritariamente exercida por mulheres e pela natureza dos serviços prestados, serviço este de cunho sexual.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf