Banca de DEFESA: SHARLENE SOUZA PRATA
12/09/2013 08:58
As relações de trabalho nas últimas décadas foram marcadas por uma série de mudanças condicionadas pelo processo de reestruturação produtiva, cujos efeitos são visualizados por meio da informalidade, flexibilização e precarização das condições de trabalho. Diante desse cenário buscou-se analisar neste estudo as relações sociais de gênero no trabalho informal na Feira das Trocas em Aracaju-SE, atribuindo-se especial destaque, a configuração assumida pela divisão sexual e a precarização que incide, especialmente, sobre a mão-de-obra feminina, frente às transformações que o mundo do trabalho vem atravessando. Neste contexto, observa-se ascensão do número de mulheres no mercado de trabalho, situação também identificada em âmbito nacional, como também no campo empírico dessa pesquisa. É evidente o aumento do número de trabalhadoras na Feira das Trocas nos últimos anos. Para tanto foram realizadas 15 entrevistas semiestruturadas ou não-diretivas com comerciantes da Feira das Trocas, dentre estas, 8 mulheres e 7 homens. Do mesmo modo, também se elaborou um levantamento de alguns indicadores socioeconômicos. Os resultados alcançados demonstram que as mulheres ainda estão submetidas a uma divisão sexual do trabalho assimétrica, visto que elas são responsabilizadas quase que exclusivamente pelas tarefas domésticas dentro dos seus lares, bem como as atividades que elas exercem fora de casa também estão vinculadas diretamente àquelas atribuições tidas como femininas, isto é, extensão dos afazeres domésticos. Contudo queremos também enfatizar algumas alterações que sinalizaram para uma nova fase do trabalho das mulheres, muito embora esta não seja suficiente para que visualizássemos uma ruptura com a chamada “sexualização das ocupações”.
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