Banca de DEFESA: JONAS ALMEIDA DE JESUS
29/08/2013 17:14
Esta pesquisa propõe analisar a espacialização da atividade industrial de cerâmica vermelha nos municípios de Areia Branca, Campo do Brito e Itabaiana (Sergipe), privilegiando as relações de trabalho, a atuação do Estado e o discurso da sustentabilidade que alimenta as propostas de desenvolvimento. A expansão do mercado imobiliário e da construção civil têm impulsionado a implantação de novas indústrias de produção de cerâmicas que demanda a contratação de mão-de-obra, submetida à elevada carga horária e salários baixos. As respostas dadas pelo Estado, como disciplinador da exploração dos recursos vegetais e minerais para a produção de cerâmica, ancoradas no discurso da sustentabilidade revelam o caráter de classe que o Estado apresenta, na medida em que sua atuação é débil quanto aos crimes ambientais e favorece a produção da cerâmica para atender o mercado da construção civil. Para desenvolver o estudo, a pesquisa foi fundamentada na análise da realidade sob o enfoque do materialismo histórico e dialético que conduziu os procedimentos analíticos, como fundamentação teórica e a pesquisa de campo para confrontar as interpretações dos sujeitos entrevistados e estabelecer a relação teoria-empiria. Para tanto, reconhece-se que os elementos envolvidos nessa atividade são fundamentais no sentido de darem respostas ao quadro atual de crise estrutural do capitalismo. A partir de uma análise crítica foi possível desvelar as contradições que perpassam os envolvidos na produção ceramista que estão inseridos no conflito entre capital x trabalho-natureza, possibilitando uma compreensão da realidade concreta como produto de múltiplas determinações.
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