Banca de DEFESA: MARCEL MAIA DE OLIVEIRA GOMES
19/07/2013 18:06
A presente pesquisa discute o cuidado de si enunciado nas estratégias de redução de danos direcionadas aos usuários de drogas. Tais estratégias intitulam-se potencializadoras de uma postura ética, pois possibilita a esses usuários de drogas tornarem-se, então, protagonistas de suas próprias ações, e adquirir liberdade em suas escolhas, em suas decisões de vida. A partir dessa afirmação, e em face ao pensamento de Michel Foucault, a pesquisa questiona se o cuidado de si da redução de danos seria condizente a uma dimensão ético-libertadora, ou a um imperativo moral do cuide-se no campo das práticas de saúde. As análises percorrem um caminho que compreende a articulação de três planos de investigação: um histórico, um político e um ético, construídos ao mesmo tempo em que se atravessam. A investida histórica apresenta as primeiras formulações de uma noção de medicina social na Alemanha, na França, na Inglaterra e no Brasil, bem como suas relações com a noção de polícia médica, práticas de militarização e biopolítica. No plano político são analisados dilemas traçados entre as instâncias jurídicas e da saúde ao tratar da questão das drogas. Em meio às discussões históricas e políticas, a pesquisa levanta a hipótese de que as práticas de redução de danos condizem a uma atualização da medicina social. O plano ético põe em questão os enunciados do cuidado de si presentes nas estratégias de redução de danos, contrapostas à articulação ética e política no pensamento de Foucault em sua pesquisa histórica da Antiguidade.
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