Banca de DEFESA: ANDREZA DOS SANTOS OLIVEIRA
09/07/2013 15:09
Mesmo com as diversas funções desempenhadas pela vegetação ciliar, como a manutenção da quantidade e qualidade da água dos rios, manutenção da fauna aquática, melhoria dos aspectos da paisagem, redução do assoreamento e erosão, dentre outras, observa-se um significativo quadro de degradação ambiental, com a supressão da vegetação nativa nas áreas de nascentes do Estado de Sergipe. Dessa forma, torna-se necessária a adoção de práticas que visem à recomposição da vegetação e estas podem ser realizadas através da regeneração artificial com a semeadura direta ou plantio de mudas. Diante o exposto, o trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o desenvolvimento de espécies florestais nativas em área de nascente na bacia hidrográfica do rio Piauitinga, no município Salgado-SE, com relação aos métodos de regeneração artificial (semeadura direta e plantio de mudas), utilizando-se as espécies florestais nativas Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Bren, Ceiba speciosa (A. St. Hill), Hymenaea stigonocarpa (Mart.) Hayne, Psidium guajava L. e Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. Inicialmente, realizou-se as análises da qualidade física e fisiológica das sementes foram realizadas em laboratório e, posteriormente, um experimento em campo foi implantado em Delineamento em Blocos Casualizados (DBC), em esquema fatorial com quatro repetições, em uma área anteriormente ocupada por pastagem, localizada no município de Salgado-SE. A semeadura foi realizada em covas (30x30x30cm), com espaçamento de 1,5m x 1,5m, contendo 9 plantas por espécie em cada bloco e o plantio de mudas ocorreu da mesma forma, totalizando 90 plantas por bloco, ocupando uma extensão de 0,1024 hectares. Foram avaliadas as porcentagens de emergência e sobrevivência das plântulas em campo, desenvolvimento inicial das mudas e Taxa de Crescimento Relativo (TCR) até os 300 dias após a implantação. A espécie que apresentou melhores índices de emergência e sobrevivência foi H. stigonocarpa com 74,44% e 48,89%, respectivamente. Nenhuma planta da A. macrocarpa sobreviveu. Na avaliação das características de crescimento em campo, em relação à semeadura direta, observou-se maior desenvolvimento em altura para P. guajava (25,84cm) e em TCR da altura (90,16%) e para diâmetro, T. aurea (6,51mm) e TCR do diâmetro em P. guajava (89,88%). Para o plantio de mudas, o maior desenvolvimento em altura foi na C. speciosa (93,26cm) e o menor na H. stigonocarpa (25,63cm), para a TCR em altura, A. macrocarpa apresentou 197,54%. A espécie T. aurea apresentou maior incremento em diâmetro (20,92mm) e TCR para diâmetro C. speciosa (106,53%). As espécies T. aurea, C. speciosa e H. stigonocarpa apresentam características viáveis para serem utilizadas por meio da semeadura direta e plantio de mudas em projetos de recuperação em áreas de nascentes degradadas. A estratégia de plantio que apresentou maiores médias em relação aos parâmetros avaliados foi o plantio de mudas, na recuperação da área estudada.
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