Banca de QUALIFICAÇÃO: DAVID PIMENTEL OLIVEIRA SILVA
05/07/2013 10:31
No espaço agrário alagoano, um movimento dissidente do MST destaca-se pela expressão social obtida nos últimos anos: a Liga dos Camponeses Pobres (LCP). O caráter radical e combativo do programa agrário da LCP foi o que a priori proporcionou a curiosidade e o anseio pela investigação científico-geográfica. É no contexto de dissidências e formação de novos movimentos sociais camponeses que se insere o objeto-alvo desta pesquisa. Mais precisamente, esta pesquisa direciona-se no intuito de se aprofundar em análises sobre a relação da luta pela terra empreendida pela LCP na produção do espaço agrário alagoano. As ações camponesas lideradas por este movimento é observada em diversas localidades do estado de Alagoas, mas principalmente na microrregião da Zona da Mata alagoana. Isso se deve ao próprio contexto histórico, marcado pela concentração de terras empreendidas ao cultivo das monoculturas da cana-de-açúcar, baseado na exploração do trabalho. As oligarquias alagoanas ainda permanecem detentoras das grandes propriedades em quase todos os municípios desta microrregião. Deste modo, a proposta central desta pesquisa é desenvolver um estudo enviesado no olhar sobre movimento dialético da luta de classes no campo alagoano, tomando como referência o processo de espacialização da Liga dos Camponeses Pobres, suas formas de luta e principais embates acerca das questões que envolvem a Reforma Agrária, e as transformações territoriais construídas ao longo da consolidação de suas áreas. Neste estudo, tem-se a interpretação do método dialético como princípio básico para se trilhar o caminho que possibilite obter a compreensão da realidade enquanto uma construção histórico-social movida por contradições.
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