Banca de QUALIFICAÇÃO: DIANA MENDONÇA DE CARVALHO
04/07/2013 09:13
O Brasil, historicamente, é um país que privilegiou o aumento da produção agrícola no campo. Prova disso é a reconhecida prioridade do Governo em conceder crédito à agricultura patronal. Somente na década de 1990, o interesse pela agricultura familiar ganhou destaque, motivada pela criação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que buscou definir um padrão de desenvolvimento que refletisse satisfação e bem estar a agricultores e consumidores. O modelo de desenvolvimento da agricultura passa agora a priorizar a família, a relação entre trabalho e gestão sustentável, pois busca equilibrar as dimensões econômicas, sociais, ambientais e de desenvolvimento espacial. Essa agricultura de base familiar apresenta ênfase na diferenciação produtiva, na modernização, na durabilidade dos recursos e na qualidade de vida do agricultor. Nesse contexto, o propósito do trabalho é analisar as mudanças processadas no espaço rural sergipano a partir da implementação do Pronaf. Tal analise adentra discussões sobre: 1- Desenvolvimento Rural, no sentido de alicerçar famílias rurais e a produção agrícola, de criar interações socioespaciais e promover mudanças na vida do agricultor; 2- Agricultura familiar, como categoria que se naturalizou no Brasil, por seu caráter político-ideológico, nascido das visões políticas, sindicais e religiosas; e, 3- Crédito Rural – Pronaf, o qual tem passado por seguidos aperfeiçoamentos, visando ser um instrumento de inclusão social capaz de combater a pobreza rural e atender ao maior número possível de agricultores familiares em todos os municípios e regiões do país. Sendo assim, o trabalho se justifica no desejo de renovar as referidas problemáticas e não aderir a um paradigma comum: o da impossibilidade da agricultura familiar e o Pronaf contribuir para mudanças socioespaciais. O referido enfoque considera que em quase duas décadas de operacionalização, o programa se consolidou como importante instrumento de apoio às atividades agrícolas, sendo resultado de antigas reivindicações de movimentos sociais vinculados ao campo e de entidades que representam os interesses dos pequenos agricultores perante o Governo Federal. Além disso, impõe-se como um estímulo na promoção do crescimento econômico local e sustentável, através da viabilização e fortalecimento das atividades rurais promovidas pelos agricultores familiares.
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