Banca de DEFESA: JORGENALDO CALAZANS DOS SANTOS
02/07/2013 12:11
A multiterritorialidade enquanto conjunto de relações formadas através dos territórios apresenta uma infinidade de possibilidades aos sujeitos participantes desse processo, que mantém diversas relações, sejam elas individuais ou coletivas na (re) configuração desses territórios. O procedimento de criação das Unidades de Conservação – UC ao obedecer às diversas estratégias e relações socioambientais reflete categoricamente uma nova dinâmica do espaço geográfico e exige estudos sobre mudanças e perspectivas para as suas novas configurações. A partir desse pressuposto, perpassam os conceitos de território, territorialidade, multiterritorialidade e conflitos, que entrelaçados, desvelam a realidade analisada. Com base nesse contexto, o objetivo desse trabalho é compreender as possíveis (re) configurações territoriais ocorridas no povoado Estiva quando da criação da Floresta Nacional Ibura no município de Nossa Senhora do Socorro em Sergipe. O povoado Estiva é uma comunidade do entorno desta UC que sofreu novas configurações após a sua criação. A pesquisa ancora na metodologia fenomenológica e de percepção para apreender dentre os moradores quais as representações da “floresta” como símbolo em suas vidas. Foi revelado que o uso dos recursos naturais existente na floresta constituía um território identitário apenas na vida dos moradores que viveram a época em que a área era Horto Florestal. A análise revelou que os moradores se adaptaram a uma nova realidade imposta pela dinâmica após a institucionalização da UC, revelando multiterritorialidades que os sujeitos sociais criam após vivenciar tais necessidades.
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