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Banca de DEFESA: EVANILSON TAVARES DE FRANÇA
01/04/2013 16:02


Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EVANILSON TAVARES DE FRANÇA
DATA: 09/04/2013
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório da Didática III
TÍTULO:

ESCOLA E COTIDIANO: UM ESTUDO DAS PERCEPÇÕES MATEMÁTICAS DA COMUNIDADE QUILOMBOLA MUSSUCA EM SERGIPE


PALAVRAS-CHAVES:

Etnomatemática; percepções; africanidades.


PÁGINAS: 256
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Ensino-Aprendizagem
RESUMO:

Como nos ensina D’Ambrósio (2005), a disciplina tão valorizada e que, muitas vezes, é colocada no pódio máximo quando se estabelece escalonamento das disciplinas é, em verdade, uma Etnomatemática produzida na Europa mediterrânea com algumas contribuições do povo indiano e da civilização islâmica. A universalização desta Etnomatemática terminou eclipsando as construções matemáticas de outros grupos humanos, inclusive os quilombolas. Esta postura hegemônica nos impeliu a desenvolver esta pesquisa no quilombo Mussuca, localizado no município de Laranjeiras (Sergipe – Brasil), no período de maio a dezembro de 2012, objetivando analisar as percepções sobre os saberes matemáticos apresentadas por estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental da comunidade quilombola (Mussuca) e a relação estabelecida por estes/as estudantes, professoras polivalentes, gestores/as da escola municipal, bem como dos membros da comunidade em questão com estes mesmos saberes e com a relação deles com as africanidades. A Mussuca é conhecida como “lugar do preto mais preto” ou como terra de “africanos legítimos”, como nos mostram  Lima (2006) e Brendle (2011), o que, inclusive, foi para nós razão mobilizadora de nosso interesse por aquela comunidade. O caminho delineado para a construção amparou-se em abordagem qualitativa por tratarmos, como entende André (2011), o objeto de estudo de maneira globalizada, observando todos os elementos que interferem e que com ele dialogam. Como procedimentos metodológicos, lançamos mão do questionário (aplicados junto a gestores/as, professoras, professores e estudantes do 4º e do 5º ano do Ensino Fundamental), entrevistas semiestruturadas (direcionadas a gestores/as, professoras da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental e a moradores/as da comunidade), observação não-estruturada (concretizada em sala de aula, com a turma do 5º ano do Ensino Fundamental e nos espaços internos da escola)  com diário de campo, grupo focal e diário de bordo (procedimento que nos permitiu, também, identificar as percepções de Matemática dos/as estudantes, a partir da narração de seus cotidianos). Atribuímos à pesquisa, certo olhar etnográfico (recorte etnográfico), vez que, durante seu desenvolvimento, consideramos: 1. As interações efetivadas entre pesquisador e objeto de pesquisa, 2. A preocupação precípua com os processos e não com o resultado, 3. A ênfase nas semânticas dos sujeitos, tanto em relação ao contexto quanto a si mesmos, 4. Por estarmos cônscios que durante o trabalho de campo o pesquisador partilharia das experiências e vivências dos sujeitos da pesquisa em seu próprio ambiente. A Etnomatemática converteu-se na sustentação teórica da pesquisa, encontrando em Ubiratan D’Ambrósio seu principal interlocutor, e as africanidades constituíram diálogos frequentes, tendo Lima (2001, 2003, 2006, 2007, 2008), Trindade (2006) e Lima e Trindade (2009) como seus principais aportes. A pesquisa evidenciou que a percepção de Matemática das crianças é bastante pulverizada, sendo que no ambiente externo à escola esta percepção é mais diversificada do que no interior do espaço escolar, mostrou também que professores/as e estudantes não construíram uma relação pessoal e afetiva positiva com a Matemática. Apontou ainda que a proposta pedagógica estabelece um diálogo bastante frágil com a contextura sociocultural do quilombo, que as legislações e/ou instrumentos que tratam da pluralidade cultural, do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira e da educação para as relações etnicorraciais são desconhecidos pela maioria dos que fazem a escola e, por conseguinte, não aparecem ou aparecem timidamente na ação pedagógica da unidade de ensino e ainda que, possivelmente como corolário dos apontamentos anteriores, os saberes matemáticos processados pelos/as estudantes no cotidiano externo à escola não estabelece diálogo com a matemática escolar.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1545817 - MARIA BATISTA LIMA
Interno - 1308179 - RITA DE CASSIA PISTOIA MARIANI
Externo à Instituição - CRISTIANE COPPE DE OLIVEIRA

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