Banca de DEFESA: FELIPE HERMINIO OLIVEIRA SOUZA
14/02/2013 14:42
Efeitos abióticos na composição do óleo essencial de Lippia gracilis: influência na repelência e mortalidade de Sitophilus zeamais
Lippia gracilis, efeitos abióticos, Sitophilus zeamais, mortalidade, repelência
Os inseticidas botânicos são produtos naturais derivados do metabolismo secundário das plantas. Esse metabolismo se altera de acordo com fatores bióticos e abióticos. O conhecimento advindo da manipulação agronômica do agroecossistema pode ser benéfico para a produção de compostos úteis ao controle de pragas. Assim, objetivou-se com este trabalho determinar se características agronômicas como irrigação, adubação química e orgânica possui influencia na composição do óleo essencial de Lippia gracilis e em suas propriedades inseticidas e repelentes. As composições químicas dos óleos essenciais de folhas de plantas de L. gracilis cultivadas sobre diferentes tratamentos variando adubação orgânica, adubação mineral e irrigação foram analisadas usando hidrodestilação por CG-MS. A toxicidade dos óleos essenciais das plantas cultivadas em diferentes tratamentos foi avaliada sobre Sitophilus zeamais através de bioensaios de aplicação tópica, fumigação e repelência. A toxicidade dos três constituintes comuns ao óleo essencial de L. gracilis: timol, carvacrol e p-cimeno foi avaliada de bioensaios de aplicação tópica, fumigação e repelência. Para todos os tratamentos foi obtido como componente majoritário o carvacrol, seguido pelos minoritários timol, ρ-cimeno, g-terpineno, E-cariofileno, óxido de cariofileno e demais constituintes cujas concentrações percentuais foram inferiores a 1%. Foram identificados mais de 96% dos constituintes do óleo essencial, sendo a maioria composta de monoterpenos que corresponderam por mais de 87% destes constituintes, o que caracteriza este óleo como altamente volátil. Na concentração de 339,53 ul/l de ar o tempo necessário para atingir 50% de mortalidade foi de apenas 18,72 horas. À medida que as concentrações diminuem o tempo necessário para atingir a TL50 aumenta. Na menor dose utilizada, de 84,88 ul/l de ar a TL 50 foi de 42,5 horas. Em sua maioria os tratamentos que apresentaram as menores TL50 foram os que não estavam sob efeito de irrigação. O óleo essencial obteve acentuada toxicidade fumegante para todos os tratamentos, as concentrações letais não diferiram muito entre si no tempo de 84 horas. Sendo as menores CL50, (45,46 ul/l; 47.87 ul/l; 47.71 ul/l de ar) advindas dos tratamentos com adubação orgânica 20 kg ha-1; 40 kg ha-1e 60kg ha-1 na ausência de adubação mineral e de irrigação, respectivamente. A variação entre a maior CL50, (86.5730 ul/L de ar), para o tratamento com 60 kgha-1 de adubação orgânica na presença de adubação mineral e irrigação, e a menor (45,46 ul/l) de ar, foi de apenas 1,9040 ul/l de ar. Em sua maioria, os tratamentos testados que obtiveram as menores DL50 eram provenientes da ausência de irrigação. Os compostos timol e carvacrol não apresentaram mortalidade acentuada quando aplicados topicamente, já para a fumigação obtiveram resultados mais expressivos que o óleo essencial de L. gracilis. O p-cimeno por sua vez se apresentou com as menores mortalidades necessitando das maiores doses e concentrações para apresentar seu efeito bioativo. Podemos concluir com esta pesquisa que o de L. gracilis não apresenta mudanças expressivas na composição do seu óleo essencial nem no efeito inseticida e repelente do óleo essencial quando na presença das variáveis agronômicas, de irrigação, adubação química e orgânica.
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