Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MONIQUE DE JESUS BEZERRA DOS SANTOS
DATA: 21/01/2013
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório DPS - departamental II térreo
TÍTULO:

"Nos Bastidores da Revolução dos Direitos e Deveres: A estranha natureza do Estado e das Políticas Públicas"

PALAVRAS-CHAVES:

Estado. Política Pública. Direitos e Deveres

PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO:

O presente trabalho é a consequência da busca pelo estudo dos problemas encontrados na prática diária de trabalho de uma técnica/pesquisadora da Política de Assistência Social em um Município do interior do Nordeste brasileiro. Inicialmente a buscar se deu pela via da fundamentação de mais um determinismo através da culpabilização dos usuários da assistência por uma dita falta de iniciativa (ou conformismo) em busca da superação de sua condição de vulnerabilidade, o que entravaria o desenvolvimento social do país. No entanto, o que poderia ser visto como mais um relato de práticas de um funcionalismo público distante da lei, como mais um mecanismo de sugerir uma maior intervenção do Estado ou como uma defesa por uma maior fiscalização a aplicação de suas regras e recursos, nessa trajetória de retomada da pesquisa e dos problemas encontrados no campo, passou a ser visto sobre outro prisma. Passou-se a questionar sobre quais significados poderiam emergir para essas práticas da técnica se fossem outros os problemas a observar. E se o Estado e o Sistema Único de Assistência Social fossem apenas legais, mas não legítimos não apenas em seu cerne, mas também em sua exterioridade, em cada uma das práticas dos técnicos da assistência social? Para tornar possível o choque dessas forças aparentemente antagônicas entre pesquisador e técnico – e porque não objetos de pesquisa –, tomamos como proposta uma abordagem etnográfica e etnometodológica da rotina da técnica. No presente documento essa escrita é reaberta e mais uma vez dilacerada, transcorrido mais de um ano de distanciamento dos corpos de ambas (técnica e pesquisadora) com o campo pesquisado, mas ainda na escrita resta um distanciar-se a mais, uma radicalização desse distanciamento, por assim dizer, onde a pesquisadora termina por buscar não o sentido ou a explicação para as coisas vivenciadas, mas apenas problematizar, sob outras implicações, os recortes dos acontecimentos uma vez descritos em seu diário de campo.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2178496 - MANOEL CARLOS CAVALCANTI DE MENDONCA FILHO
Externo ao Programa - 2455570 - FREDERICO LEAO PINHEIRO
Externo à Instituição - WILSON ALVES SENNE