Banca de DEFESA: IALLY FRAGA BATISTA ANDRADE
05/12/2023 10:21
Ainda é incerto a eficácia isolada da mobilização ou manipulação para dor cervicalcrônica inespecífica. A presente revisão sistemática investigou se a manipulação emobilização cervical são eficazes para reduzir a dor e incapacidade em pacientes comdor cervical crônica inespecífica. Uma pesquisa abrangente foi realizada nas bases dedados Pubmed, Embase, PeDro, CINAHL e Cochrane Library usando termos como“Pain, Neck, “Manipulations, Musculoskeletal” e “Clinical Trial” para filtrar ensaiosclínicos, sem restrição de idiomas, publicados até março de 2023. Somente ensaiosclínicos randomizados com adultos maiores de 18 anos, de ambos os sexos, comdiagnóstico de dor cervical crônica e inespecífica, tratados com manipulações emobilizações cervicais e comparados com grupo controle (inativo ou nenhumaintervenção) foram incluídas nesta revisão. Os desfechos primários foram intensidadede dor, limiar de dor por pressão e incapacidade cervical. Para os desfechossecundáriosforam considerados amplitude de movimento e a presença de eventos adversosmencionados nos estudos incluídos. Todos os desfechos foram analisadosimediatamente após as intervenções, à curto, médio e a longo prazo. Para avaliação dorisco de viés dos ensaios clínicos incluídos foi utilizada a escala PEDro, e para aavaliação da qualidade das evidências foi utilizada o Grading of RecommendationsAssessment, Development and Evaluation (GRADE). Um total de 6.511 estudos foramidentificados nas bases de dados. Destes, sete estudos (n = 367) foram incluídos narevisão, e destes três estudos (n = 155) que utilizaram apenas a manipulação cervicalforam incluídos para análise quantitativa. No que limiar de dor por pressão, não houvediferenças entre a manipulação cervical ou manipulação simulada, imediatamente apósa intervenção (MD = 27,04, IC 95% = -31,01 a 85,09; I2 = 70%, p = 0,003). Para aintensidade de dor, a manipulação cervical foi superior a manipulação simuladaimediatamente após a intervenção (MD = -1,30, IC 95% = -1,52 a -1,08; I2 = 3%, p =0,092) e a curto prazo (MD = -0,84, IC 95%= -0,99 a -0,68; I2 = 0%, p = 0,037). Ainda,a manipulação cervical foi superior a manipulação simulada para melhora daincapacidade a curto prazo (MD = -11,55, IC 95% = -12,79 a -10,32; I2 = 0% p = 0,86).Apenas um único estudo monitorizou eventos adversos que foi a presença de dor levede carater transitório. Baseado nas evidências que variaram entre qualidade "muitobaixa e baixa" nesta revisão, não há recomendações que apoiem o uso da manipulaçãocervical para a redução do limiar de dor por pressão, imediatamente após a intervenção,em pacientes com dor cervical crônica inespecífica. Contudo, a manipulação cervicalreduziu a intensidade da dor imediatamente após a intervenção e a curto prazo, assimcomo melhorou a incapacidade a curto prazo nessa população.
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