Banca de DEFESA: FLÁVIA FABRINA SANTOS
02/05/2024 10:44
Concomitantemente ao aumento da prevalência de pessoas com obesidade ocorre o aumento do estigma do peso, o que desencadeia comportamentos não saudáveis para perda de peso, maior risco de compulsão alimentar e aumento do peso. Vários discursos dentro e fora da internetperpetuam que a responsabilização da obesidade é individual, afirmam que osindivíduos se encontram com essa condição por fraqueza e falta de força devontade. Além disso, com o aumento do uso de mídias sociais os indivíduoscom obesidade são fortemente estigmatizados em ambientes online. Comisso, a pesquisa teve como objetivo analisar o estigma da obesidade presentenas mensagens compartilhadas na rede social X (twitter), os sentimentos e ainteração dos usuários. Através da abordagem qualitativa, utilizando ométodo da Análise de Conteúdo desenvolvido por Bardin e também foirealizada Análise de Sentimentos, foram analisados posts brasileiros ao longode seis semanas, a última semana de junho de 2023, três semanas de julho eduas semanas de agosto, foram coletados um total de 13.498 posts de contaspúblicas no Brasil, com as seguintes palavras-chaves na busca avançada:Corpo saudável, Diversidade corporal, Gordofobia, Imagem Corporal,Movimento Corporal Positivo e Obesidade. Os posts foram organizados,selecionados no Excel e codificados no programa Atlas t.i. Os resultadosapresentaram maior número de menções relacionado a unidade de contexto obesidade (30,7%) e em seguida a preconceito (27,5%). Posteriormente foirealizada a análise de sentimentos, os resultados da análise de sentimentosevidenciaram que a maioria dos posts tinham sentimentos negativos emrelação ao tema, representando 68% do total de posts analisados, 26% dosposts foram classificados como neutros, enquanto 6% expressaram sentimentos positivos. Com base na análise conteúdo dos posts, nota-se queos resultados da pesquisa corroboram o que vem sido analisado na literatura.O estigma do peso do peso se faz presente na rede social X com discursosestereotipados, atributos pejorativos, relatos de gordofobia médica, culpabilização do indivíduo e crenças perpetuadas pela sociedade.
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